O Sargento da PM preso na Operação Fogo Amigo não apenas abastecia a facção Honda com armas e munições, como também girava cerca de R$ 2,1 milhões com esse esquema criminoso. As investigações, que se iniciaram em Pernambuco, revelaram que o policial era o “principal fornecedor” do grupo e atuava em conjunto com outros PMs, CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) e lojistas para desviar e vender armas de fogo e munições de forma ilegal.
A operação, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público da Bahia, teve como objetivo desmantelar uma rede criminosa que atuava em três estados do Nordeste: Bahia, Pernambuco e Alagoas. Além da prisão do Sargento, outros suspeitos foram detidos e bens foram sequestrados, incluindo imóveis, veículos e contas bancárias.
O nome “Fogo Amigo” foi escolhido justamente por simbolizar a ironia da situação: armas desviadas por policiais, que deveriam proteger a sociedade, acabavam nas mãos de criminosos e colocando em risco a vida de todos, inclusive de outros agentes de segurança.
Esse caso é um lembrete preocupante da infiltração do crime nas forças de segurança e da necessidade de medidas rigorosas para combatê-la. A Operação Fogo Amigo representa um passo importante nesse sentido, mas ainda há muito a ser feito para garantir que a lei e a ordem sejam de fato cumpridas por aqueles que juraram defendê-las.
Por Charles Araújo, com informações do Ministério Público do Estado da Bahia