A ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta terça-feira, 25, após acumular ao menos cinco equívocos que inviabilizaram sua permanência no cargo.
Entre os fatores que pesaram na decisão estão: embates com a bancada evangélica, crise de desabastecimento de vacinas, avanço da dengue no País e dificuldades em articular politicamente, o que gerou insatisfação entre deputados e senadores. A cada novo episódio de crise, sua permanência se tornou mais insustentável.
Desde o início do governo Lula, a ex-presidente da Fiocruz enfrentou pressões vindas tanto de aliados quanto de opositores. Nísia resistiu no cargo graças à insistência do presidente em não ceder ao Centrão, que tradicionalmente disputa o comando do Ministério da Saúde.
Porém, mesmo após optar por entregar a pasta a Alexandre Padilha (PT), considerado o padrinho político de Nísia, Lula encontrou obstáculos: a dificuldade em escolher um substituto para Padilha na Secretaria de Relações Institucionais (SRI).