Nos bastidores de Brasília, circula uma nova e explosiva especulação sobre a sucessão da governadora Raquel Lyra (PSDB) em 2026: o PT pode ficar fora do palanque de João Campos (PSB), apontado como natural candidato ao governo do estado.
A novidade seria a possível candidatura própria do PT, com o ex-governador Paulo Câmara na disputa. Atualmente, Câmara preside o Banco do Nordeste em Fortaleza, por indicação direta do presidente Lula. O plano incluiria o senador Humberto Costa, principal nome petista em Pernambuco, concorrendo à reeleição na chapa de Paulo Câmara, que serviria como o palanque oficial de Lula no estado.
Embora a ideia possa parecer inusitada, ela ganha força devido à falta de sintonia entre João Campos e Lula. Durante sua reeleição à prefeitura do Recife, Campos evitou associar sua imagem ao presidente, gerando desconforto entre as lideranças lulistas. Já Raquel Lyra, de olho em uma aproximação com o Planalto, flerta com o PSD, partido aliado do governo federal, tentando construir um segundo palanque para Lula em Pernambuco.
No entanto, esse movimento pode custar caro à governadora, já que sua base bolsonarista poderia se dissolver diante de um alinhamento mais próximo ao presidente. A estratégia petista de lançar Paulo Câmara pode capitalizar a insatisfação das forças mais lulistas e consolidar um único palanque para Lula no estado, polarizando ainda mais o cenário político de 2026.