A falta de água em vários municípios de Pernambuco tem sido um grande problema na vida dos pernambucanos, causado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Santa Filomena, no Sertão do Araripe, há 1 ano e 4 meses sem água na torneira, é exemplo do caos no abastecimento de algumas cidades do interior.
Por Charles Araújo
A partir do segundo semestre de 2023, a empresa do estado alcançou o auge da crítica nos meios de comunicação diante no caos da falta de água, e enfrenta uma das maiores crises de abastecimento de água em diversos municípios do estado. A falta de água afeta mais de 1 milhão de pessoas, em 50 municípios, principalmente no Agreste e Sertão pernambucano.
Em Santa Filomena, centenas de filomenenses vão à Compesa em protesto contra a falta de água por mais de um ano;
Em Dormentes, população protesta na sede da Compesa por falta de água e resolve não pagar mais conta;
Em uma ocasião, um apagão nacional afetou o abastecimento de água em 27 municípios de Pernambuco.
Esses são apenas alguns exemplos. A falta de água é um problema recorrente em várias regiões, e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) tem enfrentado desafios para resolver essas questões.
A crise de abastecimento de água causa transtornos para a população. Em algumas cidades, os usuários enfrentam filas para pegar água em carros-pipa, falta de água para o consumo e para a higiene pessoal, e prejuízos para o comércio e a indústria; outros municípios como Santa Filomena, a população é submetida à compra de água por carro-pipa ao custo médio de R$ 150 por carrada de água de baixa qualidade, não recomendada ao consumo humano.
Enquanto isso, a Compesa faz de conta, sem tomar medidas efetivas para tentar resolver a crise. Falta Investimento em obras. A Compesa não está investindo em obras para ampliar a capacidade de armazenamento e distribuição de água em Pernambuco, como é o caso da Adutora do Oeste que abastecia cidades do Araripe, como Santa Filomena e Santa Cruz.
A crise de abastecimento de água em Pernambuco é um problema estrutural, que requer investimentos e medidas de curto e longo prazos para ser resolvido.