Uma pesquisa da CNDL e SPC Brasil revelou que 41,51% dos brasileiros estavam com dívidas atrasadas em novembro, o que representa 68,62 milhões de consumidores negativados. Esse total é 1,48% maior do que no mesmo período de 2023, destacando o impacto crescente da inadimplência no país.
Mulheres formam a maioria dos endividados, somando 51,16% do total. A faixa etária mais afetada é a de 30 a 39 anos, representando 23,6% dos negativados. Em média, cada consumidor possui uma dívida de R$ 4.510,82, espalhada entre 2,11 credores.
Apesar dos altos valores médios, 30,65% das dívidas são inferiores a R$ 500. Um dado que chama atenção é a diferença nos tipos de dívida: enquanto débitos com instituições financeiras cresceram 4,60%, serviços como água, luz, comércio e comunicação registraram queda. Isso sugere mudanças nos hábitos de consumo e prioridades dos brasileiros.
Entre as regiões, o Centro-Oeste liderou o aumento de inadimplentes, com alta de 6,59%. Além disso, o índice de famílias inadimplentes alcançou 29%, o maior desde outubro de 2023.
O economista Luis Vivanco destacou que o planejamento financeiro é essencial para evitar as consequências da inadimplência, como juros altos e complicações financeiras. A falta de controle sobre gastos tem levado muitas famílias a enfrentar dificuldades crescentes, evidenciando a necessidade de maior educação financeira no Brasil.