Deflagrada no Sertão do Araripe, a Operação Sertão Branco conteve uma organização criminosa responsável por sonegar mais de R$ 40 milhões, por meio de CNPJs fraudulentos, abertos em nome de laranjas.
Os dados foram repassados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE-PE), Polícia Civil e Polícia Militar de Pernambuco.
Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão na quarta-feira (30/10), sendo 3 no estado de Minas Gerais, 2 no estado de São Paulo e os outros 14 nas cidades de Ipubi, Trindade e Petrolina.
Segundo a promotora Aline Florêncio, integrante do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), os “CNPJs eram usados para acumular débitos tributários até o ponto em que eram baixados, sem fazer o pagamento dos impostos ao tesouro estadual”. “Já foi instaurado um procedimento de investigação criminal para apurar as práticas de sonegação fiscal, organização criminosa e lavagem de capitais”.
Vale lembrar que sonegação fiscal é crime. Segundo o MPPE, o grupo econômico investigado teve oportunidades para regularizar seus débitos tributários, porém não acolheu as propostas de negociação apresentadas pela Sefaz.
Participaram da operação 10 Promotores de Justiça e 10 servidores do MPPE, 38 policiais civis e 52 policiais militares, totalizando um efetivo de 100 pessoas para as ações de campo. Nos alvos foram apreendidos 11 telefones celulares, além de equipamentos eletrônicos, como pen drives e HDs, e documentos, que serão analisados pelo Gaeco.
Diário de Pernambuco