Drauzio Varella disse que os “brasileiros envelhecem e envelhecem mal”. Durante a palestra realizada sábado(14), no ginásio da Unifran (Universidade de Franca), ele perguntou ao público quem tinha um parente próximo com diabetes ou hipertensão. Nesse momento, grande parte da plateia levantou a mão. O médico brincou, dizendo que as pessoas agem com normalidade ao tratar desses problemas, mas que eles são prejudiciais.
“Isso tem um impacto grande na assistência médica. Não há perspectiva de cura. Você não vai curar diabetes ou pressão alta. O objetivo do tratamento é o controle. Por quanto tempo? O resto da vida dessa pessoa: 10, 20 ou 30 anos. Você não dá alta. Isso estressa os serviços de saúde, porque aumenta muito a necessidade de o paciente voltar, fazer exames e manter esse controle”.
Comentário de Charles Araújo
Como diabético, a fala de Dr. Drauzio Varella reflete uma verdade cotidiana para mim. Quando ele diz que “não há perspectiva de cura”, sinto o peso da realidade: o tratamento é contínuo, sem trégua. O controle do diabetes não é uma escolha, é uma necessidade vital.
A rotina de consultas e exames faz parte da vida. Drauzio destaca o impacto nos serviços de saúde, mas o efeito vai além, afetando emocionalmente quem convive com essa doença. Eu me identifico com a plateia que ele menciona, pois a “normalidade” dessas condições muitas vezes mascara a gravidade de viver sob constante vigilância.
Apesar de ser um fardo, essa realidade também ensina resiliência. Saber que o objetivo é o controle nos dá força para buscar qualidade de vida, mesmo sem cura.
Realmente. Infelizmente …