O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vai abrir novos editais de concursos públicos. De acordo com o órgão, os documentos estão previstos para saírem no mês de fevereiro de 2020.
O órgão, através do coordenador de Recursos Humanos do Instituto, Bruno Malheiros, confirmou a distribuição de cargos, por edital. As informações foram passadas ao site Folha Dirigida.
De acordo com o coordenador, dois editais estão confirmados: um para agente censitário municipal e outro para agente censitário supervisor. Ambos os cargos exige nível médio e têm 29.678 vagas, conforme a portaria autorizativa publicada em agosto. Os salários chegam a R$2.400.
Outro destaque do concurso vai para o cargo de Recenseador. A função, que exige nível fundamental, vai ter 196 mil vagas. O salário é variável, conforme a produção.
Segundo Bruno, alguns cargos não terão mais concurso. Neste caso, o órgão não vai mais realizar seleção para as carreiras de supervisor e recenseador PA. Ambos os cargos somam 5.404 vagas, conforme a portaria de autorização do concurso.
Sendo assim, os próximos concursos do IBGE terão uma oferta de até 225.802 vagas temporárias e não mais 231 mil oportunidades, conforme documento de autorização, publicado em agosto.
Ainda não há um prazo para publicação dos editais, uma vez que as vagas por região ainda estão sendo fechadas. Além disso, o coordenador informou que, após abrir os concursos, haverá ainda edital para supervisor (call center) e codificador censitário. A escolaridade para carreiras ainda não foi revelada, assim como os salários. Porém, conforme portaria de autorização, ambos têm 124 vagas previstas.
De acordo com retificação da portaria de autorização, todos os concursos devem ser publicados até maio de 2020. Com a prorrogação, as contratações, antes previstas para janeiro de 2020, deverão ser adiadas para os meses seguintes.
Concurso do IBGE com mais de 225 mil vagas tem cargos confirmados
Cargo | Vagas | Escolaridade | Salário |
Supervisor (call center) | 4 | não informado | não informado |
Agente Censitário Municipal | 6.100 | nível médio | R$2.400 |
Agente Censitário Supervisor | 23.578 | nível médio | R$2.000 |
Codificador Censitário | 120 | não informado | não informado |
Recenseador | 196.000 | nível fundamental | R$1.100 |
Sobre o Censo do IBGE
O que é o Censo? – A palavra censo vem do latim census e quer dizer “conjunto dos dados estatísticos dos habitantes de uma cidade, província, estado, nação”. O Censo é a única pesquisa que visita todos os domicílios brasileiros (cerca de 58 milhões espalhados por 8.514.876,599 km²). Para conhecer a situação de vida da população em cada um dos 5.565 municípios do país. Um trabalho gigantesco, que envolve cerca de 230 mil pessoas, bem diferente da pesquisa amostral, que, como o próprio nome indica, investiga uma amostra da população e, a partir de modelos estatísticos, chega à representação do todo.
Para que serve o Censo? – O Censo é a principal fonte de dados sobre a situação de vida da população nos municípios e localidades. São coletadas informações para a definição de políticas públicas em nível nacional, estadual e municipal. Os resultados do Censo também ajudam a iniciativa privada a tomar decisões sobre investimentos. Além disso, a partir deles, é possível acompanhar o crescimento, a distribuição geográfica e a evolução de outras características da população ao longo do tempo.
Que políticas públicas podem ser geradas a partir dos resultados do Censo? – Através do Censo, o poder público pode identificar áreas de investimentos prioritárias em saúde, educação, habitação, saneamento básico, transporte, energia, programas de assistência à infância e à velhice. E também selecionar locais que necessitam de programas de estímulo ao crescimento econômico e desenvolvimento social.
O Censo interfere nos repasses de verbas públicas? – Ao contar a população, o Censo produz resultados que servem de parâmetro para saber quanto cada cidade receberá de repasse federal. São os resultados do Censo que fornecem as referências para as estimativas populacionais realizadas nos anos seguintes, com base nas quais o Tribunal de Contas da União (TCU) define as cotas do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios. Além de fornecer informações imprescindíveis para a distribuição orçamentária das pastas da Educação, Cultura, Saúde e Infraestrutura, baseadas no número e distribuição da população.
O Censo interfere na representação política? – Sim. São os resultados do Censo que fornecem as referências para as estimativas populacionais, com base nas quais é definido o número de deputados federais, estaduais e vereadores de cada estado e município.
Como a iniciativa privada utiliza os dados do Censo? – Os dados do Censo fornecem parâmetros para as decisões de investimentos do setor privado, como a seleção de locais para a instalação de fábricas, shopping centers, escolas, creches, cinemas, restaurantes etc.
Como os censos surgiram no Brasil? – Antes de 1870, as estatísticas sobre a população brasileira eram conjecturais, destinadas a atender aos interesses de nossa então metrópole, Portugal. Sob recomendação da coroa portuguesa, autoridades eclesiásticas no Brasil contaram a população em 1776, e estimou-se que no Brasil viviam 1.900.000 “almas”.
Quando ocorreu o primeiro Censo no Brasil? – O IBGE considera que o primeiro Censo Demográfico do Brasil foi realizado em 1872, época em que o país era uma monarquia governada pelo imperador D. Pedro II. Além de perguntas sobre sexo, idade, escolaridade e estado civil, religião e deficiência física, o questionário incluía a pergunta se a pessoa era livre ou escrava. Já o primeiro Censo a ser realizado pelo IBGE foi o de 1940.