Perder alguém que amamos é uma dor que palavras mal conseguem expressar. O vazio parece imenso, e o coração, dilacerado. Mas, em meio a essa dor profunda, é na fé que eu tenho encontrado forças para seguir. Acredito que essa separação, por mais dolorosa que seja, não é o fim. Quando me volto para Jesus, sinto como se Ele estivesse ao meu lado, segurando minha mão e me lembrando da promessa da eternidade.
Cada dia de luto é uma batalha, e, muitas vezes, encaro momentos de solidão e silêncio nos quais minha alma busca respostas. Nessas horas, resgato a esperança de que meu ente querido está em paz, envolto na serenidade e no amor de Deus. Isso me consola e me ajuda a imaginar que, apesar da ausência, ele está em paz, e que um dia nos reencontraremos.
Essa fé me ensina a ver a vida de uma nova maneira. Mesmo na saudade, meu coração se abre para a beleza do que vivemos juntos e a certeza de que o amor que compartilhamos é eterno. A dor, então, aos poucos, se transforma: não deixa de ser difícil, mas ganha sentido ao entender que, em Deus, a vida não acaba — ela se transforma.
Em cada oração, peço forças para carregar essa saudade e ao mesmo tempo agradeço por cada momento vivido, cada memória que guardo como um presente precioso. Sei que não estou sozinho, que Jesus caminha comigo, me ajudando a atravessar o luto. E enquanto me apego a essa esperança, percebo que, de alguma forma, esse amor nunca se foi: ele vive em mim, me fortalecendo a cada dia.
Este artigo foi escrito por Charles Araújo, dias após a perca de uma amiga-irmã.