Nesta sexta-feira, 20 de setembro, Santa Filomena vivenciou um momento de profundo acolhimento e reflexão. O Centro de Atendimento Inclusivo (CAI), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, promoveu o primeiro evento dedicado às mães atípicas do município, oferecendo um espaço de apoio, escuta e compartilhamento de experiências. Com o tema “TEAcolher”, a iniciativa se voltou para mães de filhos neurodivergentes, promovendo uma manhã de diálogos significativos sobre inclusão, desafios e conquistas.
O evento, que começou às 7h30 com uma calorosa recepção e café da manhã, foi marcado pela presença de especialistas e representantes da gestão municipal. A coordenadora do CAI, Raine Macedo, a psicopedagoga Francielma Damasceno e a professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE), Elizete Brito, deram início às atividades com uma apresentação sobre a importância do suporte às famílias de crianças com autismo e outras condições de neurodivergência.
As secretárias municipais Marleide Castro (Educação) e Evaneide Melo (Assistência Social) participaram ativamente, incentivando o diálogo com as mães presentes. Elas destacaram as lutas e conquistas pela inclusão social, enfatizando a necessidade de ampliar o apoio para crianças e famílias neurodivergentes. “O caminho pela inclusão é árduo, mas cada passo dado com amor e perseverança transforma o futuro”, afirmou Marleide Castro.
O evento também contou com a participação especial das representantes do projeto Semeando o Sertão, Anne e Kamille, que acolheram as mães com músicas, dinâmicas e uma oração, criando um ambiente de união e fé. Em seguida, a psicóloga Sabrina Carvalho ministrou a palestra “Quem cuida de quem cuida?”, abordando a importância de cuidar da saúde emocional das mães e cuidadoras, que muitas vezes enfrentam desafios em silêncio.
Um dos momentos mais marcantes foi a apresentação de Marlene Lopes, mãe atípica, que utilizou a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para compartilhar sua experiência, promovendo uma reflexão sobre a inclusão de todas as formas de comunicação. A interação entre as mães presentes trouxe à tona histórias de superação, dor e, sobretudo, muito amor, ressaltando que a jornada de cuidar de filhos com necessidades especiais vai além das barreiras físicas e emocionais.
Encerrando o evento, a mãe Evilázia Santana emocionou a todos ao compartilhar sua trajetória como mãe atípica, destacando o preconceito social enfrentado, mas também a força e a fé que a sustentam. “Ser mãe de uma criança neurodivergente é um chamado especial. Deus nos guia nessa caminhada e nos dá forças para vencer cada obstáculo”, afirmou Evilázia, antes de fazer uma oração em homenagem a todas as mães.
Para finalizar o encontro com um gesto simbólico de comunhão, a Secretaria de Educação promoveu um almoço para todos os participantes, celebrando a união e a força da comunidade atípica de Santa Filomena.
Este evento marca o início de uma nova fase de acolhimento e apoio às mães atípicas no município, promovendo um espaço de diálogo e compreensão, onde as experiências de cada uma são ouvidas e valorizadas. A manhã de “TEAcolher” trouxe não só informação, mas um sopro de esperança e força para seguir adiante.