“Foi cena de um filme de terror”, define o dentista Lucas Ribas sobre o que presenciou em Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, após o município ser atingido por um temporal na terça-feira (15/2).
Lucas saía do trabalho durante a noite quando viu o cenário de destruição deixado pela forte chuva.
“No Centro da cidade havia muitos corpos, muita gente morta que foi levada pela chuva, se afogaram, bateram em algum lugar ou ficaram presas nos carros”, diz à BBC News Brasil.
De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Civil, até o final da noite de quarta (16), foram contabilizadas 104 pessoas mortas em decorrência das fortes chuvas de terça-feira.
O volume de água acumulada na cidade chegou a 259 milímetros em apenas seis horas de terça-feira, segundo o Climatempo. O valor supera o que era esperado para todo o mês de fevereiro: 238,2 milímetros.
De acordo com o jornal O Globo, dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontam que há pelo menos 90 anos Petrópolis não enfrentava uma chuva tão volumosa em 24 horas como a de terça.
O temporal causou estragos em diversos pontos do município. Segundo o governo do Rio de Janeiro, foram registradas 89 áreas atingidas, com 26 deslizamentos.
A Prefeitura de Petrópolis decretou estado de calamidade pública. Nos hospitais, segundo a gestão local, as equipes foram reforçadas para atender as vítimas.