No mês de outubro, o Brasil experimentou um novo recorde de temperatura média pelo quarto mês consecutivo, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Entre julho e outubro, houve um aumento significativo em relação à média histórica, ultrapassando 1 grau Celsius (°C).
O Inmet destacou que, nos últimos meses, as temperaturas médias estiveram muito acima do padrão. Setembro, por exemplo, apresentou o maior desvio desde 1961, atingindo 1,6°C acima da média histórica. Agosto e julho também registraram aumentos consideráveis, 1,4°C e mais de 1°C acima das médias históricas, respectivamente.
Essa sequência de altas temperaturas foi influenciada pelo fenômeno El Niño, que gera um aquecimento acima do normal nas águas do Oceano Pacífico Equatorial, levando a um calor intenso em várias regiões do Brasil.
Além disso, o aumento global da temperatura na superfície terrestre e nos oceanos contribui para eventos climáticos mais extremos. O Inmet projeta que o ano de 2023 será o mais quente desde os anos 1960, e essa tendência é apoiada por organizações meteorológicas internacionais.
Adicionalmente, foi emitido um alerta de onda de calor pelo Inmet, prevendo temperaturas acima da média, especialmente no interior do país. Esse alerta amarelo indica a possibilidade de temperaturas 5ºC acima da média por dois a três dias consecutivos nas regiões do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
O instituto projeta a persistência do calor intenso até meados da próxima semana, com possíveis atualizações no alerta e potencial expansão da área afetada. Em alguns municípios de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as temperaturas máximas podem ultrapassar os 42°C nos próximos dias.