Após cometer o grave erro de abandonar seus apoiadores nas eleições de 2022, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, parece cada vez mais insegura quanto à possibilidade de reeleição e à continuidade de seu grupo político no Palácio do Campo das Princesas.
Recentemente, Lyra tentou reaproximar-se de Miguel Coelho, seu adversário no primeiro turno da eleição estadual, mas que a apoiou no segundo turno contra Marília Arraes. No entanto, a resposta de Miguel e do Grupo Coelho foi um sonoro “não”.
O grupo político do ex-prefeito de Petrolina, que inclui o deputado federal Fernando Filho, o deputado estadual Antônio Coelho e o atual prefeito do município, Simão Durando, já está alinhado com o prefeito do Recife e pré-candidato ao governo pelo PSB, João Campos. A influência dessa aliança já se faz sentir na gestão da capital pernambucana: o cargo de secretário de Turismo da Prefeitura do Recife, por exemplo, está nas mãos do grupo Coelho.
Diante desse cenário, Raquel Lyra parece cada vez mais isolada, pagando o preço de uma distribuição pouco estratégica de espaços políticos em seu governo. Sua postura, frequentemente classificada como centralizadora e pouco conciliadora, pode custar-lhe não apenas a reeleição, mas também o futuro de sua carreira política no estado.
Por Charles Araújo